Menos é mais - Falta de tempo não é desculpa

Ganhe velocidade e condicionamento mesmo sem treinar tanto quanto gostaria

Por Cindy Kuzma

Excesso de trabalho, jantar com a família, churrasco com os amigos… Por mais que você seja disciplinado, às vezes é difícil cumprir a planilha à risca. Mas isso pode ser uma ótima oportunidade para simplificar sua rotina e aprender a render mais treinando menos. “As pessoas ficam espantadas ao perceberem que, para correr melhor, não precisam necessariamente passar mais tempo correndo”, diz o treinador americano Mike Smith. O segredo é aproveitar ao máximo cada minuto e cada quilômetro dos seus treinos para potencializar seus ganhos. Veja como adotar uma estratégia minimalista para se tornar mais rápido e resistente.

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Desvende as zonas de treinamento

Se você tem vontade de calçar os tênis e ir logo para as ruas, fique atento: antes de começar a treinar, é imprescindível que se visite um especialista para que seja feito um exame ergométrico ou ergoespirométrico – este último permite identificar as zonas ideais para o treinamento aeróbio – com a finalidade de analisar a resposta hemodinâmica, ou seja, a pressão e o movimento da circulação sanguínea, e das frequências cardíacas.

“As zonas de treinamento, também conhecidas como ‘zonas-alvo’, são aliadas do corredor”, diz Fernando Pessoa, professor da Race Consultoria Esportiva. “Isso porque, elas servem de parâmetro para determinar a intensidade da atividade física, sem falar que a carga do exercício será trabalhada com mais segurança, assim, você treina com o condicionamento físico dentro do limite do seu corpo”, explica o profissional.

As zonas de treinamento são definidas por faixas de frequência cardíaca e visam delimitar o tipo de estímulo a ser aplicado ao corredor. Renato Dutra, supervisor técnico da Run&Fun Assessoria Esportiva, esclarece como deve ser feito esse treino: “Enquanto pessoas menos condicionadas devem treinar em zonas menos intensas, corredores bem treinados precisam de maiores esforços para continuar evoluindo”.

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Descubra como funciona uma planilha de treinos

Comece a segunda-feira com 45’LE, passe para 6 x (4’LE/2’MO) na quarta e termine a semana com 2 km LE, 8 km MO e 2 km FO. Parece termos complicados para quem não entende nada de treinamento e muito menos de corridas, mas, quem está acostumado a treinar conhece bem esses amontoados de números e siglas aí de cima e sabe que eles representam nada mais nada menos que um pequeno trecho de uma planilha de treino. E é justamente sobre ela que vamos falar a seguir.

Pra quem não sabe, a planilha serve para planejar e estipular a periodização do treinamento. Apesar do nome pomposo – pe-ri-o-di-za-ção – é simples: isso é o conjunto de ciclos que compõem o macrociclo, nada mais do que a própria planilha de treinamento. E dependendo do objetivo do atleta, ela varia, normalmente, de seis a 16 semanas. Marcelo Camargo, diretor técnico da assessoria Clube Fórmula de Corrida, de Belo Horizonte, explica agora um pouco do que seria essa periodização: “A periodização é o planejamento de todo o futuro ciclo de treinos do corredor e vem depois dos testes e exames pelos quais o atleta passa”.

Conhecendo um pouco mais das fases do treinamento

Dentro da periodização estão os mesociclos, que incluem as diferentes fases de uma planilha. Mas, essas fases variam de acordo com o nível do atleta e também de sua prova-meta. Com isso, é possível citar as três mais comuns, presentes na grande maioria dos programas de treinamento. São elas: base, específica e competição.

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7 (bons) motivos para se inscrever em um corrida

1.Ganhar presentes Atualmente, os kits de participação dos corredores vão dos mais básicos, contendo apenas camiseta,chip de cronometragem  número de peito, aos mais luxuosos, com a opção de squeezes, toalhas, meias, bolsas, bonés, toucas, viseiras e chinelos. Varia de acordo com a temática do evento, da época do ano e do preço da inscrição, mas ter opções de kits para agradar diversos gostos e “bolsos” é um bom motivo para você fazer nscrição em uma prova.

2. Faz bem para o corpo e para a alma Algumas corridas oferecem até massagem  antes do grande dia. O intuito é aliviar a tensão e descontrair um pouco durante a preparação para a prova. No dia da retirada dos kits, o circuito feminino Vênus, por exemplo, oferece às corredoras um day care, um dia inteiro para cuidar do bem estar, saúde e beleza. Reúne massagens, pilates, ioga, dança, mergulho num ofurô quentinho…Enfim, tudo para relaxar antes da prova. Já para quem prefere comer bem no dia anterior à corrida, algumas provas incluem um jantar à base de massas na taxa de inscrição, geralmente no sábado que antecede a corrida, como a Meia de Floripa. Além de estar num ambiente gostoso entre colegas, o corredor encontra nesse jantar o combustível necessário para a sua prova.

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Saiba a importância de aliar a dieta ao treino para emagrecer

Correr é uma atividade com alto gasto de energia e uma boa opção para quem quer perder gordura, garante a nutricionista Andrea Matarazzo Carraro, de São Paulo. Mas, é preciso atenção à alimentação, pois ela é a base para emagrecer com saúde. “Uma dieta com menos calorias ingeridas do que gastas é o ideal para perder peso. Porém, as muito restritivas ou com pouco carboidrato podem promover perda de massa muscular, comprometer o rendimento, possibilitar surgimento de lesões e o aumento na produção de radicais livres”, explica.

O treinador Emerson Bisan, da Nova Equipe Assessoria Esportiva, de São Paulo, comenta que um erro comum é utilizar regimes genéricos e imediatistas para secar muito rápido. “O jejum prolongado e a abstinência de carboidratos podem causar efeito contrário. O sistema nervoso recebe o alerta de falta de energia e o organismo começa a trabalhar de forma econômica, guardando todas as reservas – no caso, as gorduras – para que sejam utilizadas quando necessário. O metabolismo fica lento”, comenta.

Uma dieta saudável, com alimentação antes, durante e depois da atividade física é um dos fatores responsáveis pelo emagrecimento, melhora da performance e recuperação muscular. É preciso estar atento ao que comer e dar preferência a fontes de carboidrato com baixo índice glicêmico, além de ingerir alimentos de 30 a 60 minutos antes do exercício. “Assim o organismo terá uma fonte de energia para suprir a demanda aumentada durante o treino”, diz a nutricionista.

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